quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Família do Pastor na Ótica Ministerial

A Família do Pastor na Ótica Ministerial

INTRODUÇÃO

Nenhuma atividade na vida exige tanta identificação da família dom o líder quando ser pastor.

Se alguém é advogado, exerce sua função sem que a família seja envolvida diretamente; se é engenheiro, a família não é solicitada a participar da atividade do pai; se é médico, a família também não se envolve diretamente na profissão; enfim, se é comerciante, industrial, professor, militar, piloto, geralmente a família é mantida a distância das atividades do dia-a-dia do pai.

Se alguém é pastor, no entanto, a família é solicitada a envolver-se de uma forma ou de outra nas atividades deles.

O pastor muitas vezes tem tempo para a igreja, mas para sua família somente se sobrar (Ct.1.6). Contudo, mais importante que o ministério é a família:

DEUS →FAMÍLIA →IGREJA ( MINISTÉRIO

E preferível manter a família unida e bem servida que servir ao Senhor com uma família fragmentada, desunida e carente de equilíbrio relacional e espiritual.

O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, declara: “Se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da proporia casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1ª Timóteo 5.8).

A responsabilidade para com a família é um dever cristão. O pastor, por sua vez, deve atentar bem para essa responsabilidade.

I. A família do pastor em face de suas múltiplas responsabilidades

1. A Igreja espera que o pastor conduza seu lar como padrão para todos os crentes (Tito 2.7), independentemente de suas obrigações e responsabilidades ministeriais.

2.O lar do pastor deve ser um modelo para o lar dos membros de sua igreja.

3. A ordem, a paz, a harmonia, o trabalho e santidade devem imperar no lar do pastor.

4.O lar do pastor deve ser um verdadeiro santuário, onde os filhos cultuam a Deus, onde a esposa louva a Deus com sua vida plena de ideais, onde o pastor se acerca de Deus como a Fonte perene de seu ministério e se deleita em seu poder e em sua graça.

II.A FAMÍLIA DO PASTOR E OS LIMITES IMPOSTOS PELA SOCIEDADE

1. O que se espera da esposa do pastor

As igrejas esperam muito da esposa do pastor. Muitas vezes, situando na em contextos que não lhe permitem agir com liberdade, criando situações em que lhe é impossível sentir-se à vontade ou segura.

a) Esperam que ela seja uma pastora auxiliar – Via de regra, Deus chamou o marido para o pastorado, e xige isso dele, não dela.

A esposa do pastor não tem a chamada para servir à igreja como extensão do ministério do marido.

Não podemos nos esquecer de que ela foi chamada para ser uma ajudadora idônea do marido, e não da igreja!

Quando um pastor é convidado a assumir uma igreja e seu salário é definido, não existe nenhum documento, nenhuma cláusula que estabeleça um salário para a esposa. Conseqüentemente, a igreja tem de reconhecer que suas exigências devem ser feitas ao pastor, e não à esposa dele.

A igreja pode exigir do pastor visitas pastorais, melhoria na administração, maior empenho na pregação, mais dedicação ao ensino. Entretanto, não pode exigir nada da esposa.

A esposa do pastor não é pastora auxiliar, e sim outro membro da igreja. Portanto, ela precisa ser vista dessa forma.

Todavia, há esposas de pastores chamadas e capacitadas por Deus para prestar um grande auxílio ao ministério do marido na obra do Senhor.

b) Esperam que ela seja uma santa - Alguns membros da igreja parecem não perceber que, mesmo sendo a esposa do pastor ela é um ser humano como qualquer outro:

· Experimenta desgosto;

· Fica irada;

· Às vezes se comporta de maneira censurável;

· Necessita de muita compreensão e amor.



O status de esposa de pastor nem sempre a coloca em lugar de privilégio e honra, mas na maioria das vezes essa condição a priva do direito de sua identidade, de sua individualidade.



A esposa do pastor não é uma estátua de gesso numa vitrine. Por essa razão, “não deve agir com hipocrisia para satisfazer uma igreja insatisfeita e sem consideração”.



c) Esperam que ela nunca se queixe – As pressões sobre o pastor, fatalmente refletirão na esposa. As pressões ministeriais produzem tensões, ansiedades e depressão.

Os membros da igreja podem ver o sorriso disfarçado nos lábios de seu pastor, mas é a esposa que vê sua lágrimas e escuta suas queixas.

Se o marido dedica quase todo o templo à igreja e suas famílias, é compreensível que ela exija templo para si e para seus filhos.

Muitos pastores cometem esta falta: descuidam-se da esposa e dos filhos, dedicando todo o seu tempo e atenção ao ministério. Vejamos o que diz o texto sagrado: “...me puseram por guarda de vinhas; a vinha que me pertence não guardei”(Ct.’1.6).

Poderíamos fazer a seguinte paráfrase desse texto:”Puseram-me para cuidar dos membros da igreja, e da minha própria família descuidei”.



2.O que se espera dos filhos do pastor

Na igreja, qualquer criança pode brincar, rir, ir diversas vezes ao sanitário, fazer travessuras...mas os filhos do pastor não podem. Sempre aparece um diácono ranzinza para dizer: “Você é filho do pastor, tem que dar bom exemplo!”

As igrejas em geral exigem demasiado dos filhos do pastor.



Houve tempo em que o pastor não se atrevia a enviar os filhos para a universidade, por temer as murmurações.

A família do pastor é vulnerável aos ataques, aos ciúmes, às críticas e às murmurações.

Muitas igrejas gostariam de ver os filhos do pastor como anjos, querubins ou figuras de ornamentação.

III. A FAMÍLIA DO PASTOR E SEUS QUESTINAMENTOS

1.A esposa: o conceito que ela tem de si mesma

A esposa do pastor não pode ser ninguém mais do que ela mesma. Antes de tudo, tem de buscar a felicidade de sua família e a estabilidade de seu casamento.

a) A Esposa inativa – é muito comum em algumas igrejas alguém dizer: “A esposa do pastor é inativa”, “Ela não faz nada”; “Ela não ajuda o marido”.

As outras irmãs da igreja podem continuar caladas não ensinar na escola dominical, não pregar, não atua como dirigente do círculo de oração, não reger ou cantar no coral e ninguém comentará nada. Mas quando se trata da esposa do pastor, não há boca que resista permanecer calada.

Mesmo que ela não ocupe cargo na igreja, não deve ser criticada, porque o mais importante é sua presença, seu apoio sua contribuição para o trabalho do marido e sua cooperação na igreja.

Entretanto, até onde for possível, ela deve acompanhar o marido a certos lugares, em reuniões, nas visitas pastorais. Se ela não fizer isso, outra irmã o fará. Isso poderá ser motivo de ciúmes e murmurações.

b) A esposa ativa - Mesmo não recebendo salário nem ofertas ela sente o peso do ministério que o marido e se esforça para ajudá-lo. Por isso, ajuda-o a levar a carga.

Uma esposa assim garantirá o ministério do marido por muitos anos.

Ela não busca recompensa, mas o bom êxito do marido e o triunfo do evangelho.

Esse tipo de esposa:

· Prega;

· Ensina;

· Dirige;

· Aconselha;

· Faz visitas a lares, hospitais e presídios.

O mais importante é reconhecer seu lugar e não explorar o privilégio que lhe foi concedido de ser a “primeira dama da igreja”. A esposa sábia e prudente busca servir, e não ser servida.

Na ausência do marido, ela sabe trabalhar mantendo a humildade e a consideração para com os demais líderes da igreja.

c) A esposa demasiado ativa - Esse tipo de esposa quer fazer tudo e controlar tudo.

Esse comportamento é desaconselhável porque dessa maneira ela fará sombra às pessoas que desejam exercer outros ministérios na igreja.

Muitas vezes ela coloca em dificuldade a autoridade de seu marido, comprometendo o ministério do pastor. A participação excessiva da esposa do pastor pode contribuir para o distanciamento entre a congregação e seu marido, levando a igreja a reagir contra ela. (O texto a seguir dói adaptado do livro Mulher sem nome, de Nancy Gonçalves Dusilek[São Paulo:Vida,s.d.]).



Em casos extremos, por causa das atitudes da esposa para salvar o casamento, o pastor se vê forçado a renunciar ao cargo. Muitos livros e artigos têm sido escritos sobre os pastores: seu ministério; preparação; sucesso; fracassos; esgotamentos; relacionamentos com a congregação; deveres familiares.

Mas a esposa do pastor, que de maneira indireta recebe metade das pressões que recaem sobre o marido, não recebe o reconhecimento nem atenção que merece.

As esposas de pastores são verdadeiras “heroínas anônimas”!

Uma das atitudes mais difundidas no meio evangélico é apresentar o pastor fulano de tal e sua esposa. Até quando o casal é designado para missões e são feitas as famosas despedidas, fala-se sempre em “nosso querido pastor Fulano de Tal e sua esposa”.

A esposa de pastor parece, realmente, uma pessoa a quem esqueceram de dar um nome quando ela nasceu nessa nova família – a dos pastores.

É raro pronunciarem seu nome. Mesmo quando ela vai falar ou cantar, alguns irmãos, em sua displicência inocente, apresentam a orado ou solista dizendo de quem ela é esposa, falando sobre seus estudos, o que irá falar ou cantar, mas não dizem seu nome. É uma mulher sem identidade própria. Vivem como uma sombra do marido.

2.Os filhos

Os filhos de pastor estão sujeitos a sofrer com:

a)omissão dos pais (marcas indeléveis);

b) tratamento inadequado;

c) expectativas irreais.

IV. A FAMILIA DO PASTOR E SEUS DIREITOS SOCIAFETIVOS

O pastor, na condição de marido e pai, dá testemunho de sua fé assistindo sua família – esposa e filhos. É sua responsabilidade satisfazer as necessidades de seus entes queridos.

1.Necessidades espirituais

a) O pastor tem de ser sacerdote no templo, diante da congregação, e em casa, para os filhos e a esposa.

b) Sua família tem de constatar que o marido e pai que mora com eles é tão espiritual quanto o que pastoreia a igreja.

c) O pastor como chefe da família deve ajudar a suprir as necessidades espirituais da esposa e principalmente dos filhos.

2.Necessidades sociais

a) deve se interessar pela vida social dos filhos;

b)deve participar de suas atividades, como o primeiro dia de aula, uma dia de visita à escola, alguma atividade da qual o filhos participe ou quando ele for receber um diploma.

c) deve sair de férias com a família para se divertir com ela (lazer).

3.Necessidades psicológicas

a) Os filhos passam por situações emocionais, experimentam mudanças biológicas e psicológicas.

4. Necessidades econômicas

Muitos pastores têm os piores salários da sociedade. Por amor ao ministério, não trabalham em outra coisa e não tem uma igreja que os possa ajudar de maneira digna (1ªTimóteo 5.17,18). Por esse motivo, a família passa por dificuldades econômicas. Muitas vezes, o pastor ao tem dinheiro para a roupa dos filhos.

Todo pai deve ser o provedor de sua família.

V.A FAMILIA DO PASTOR E SEUS DIREITOS COMO MEMBROS DA IGREJA

No exercício do ministério pastoral, o pastor é o líder da igreja.

Entretanto, seu ministério ficará mais completo se sua esposa e filhos puderem ajudá-lo.

Sua família não deve ter privilégios, mas também não pode ser discriminada.



VI.O PASTOR E SEU DÉBITO PARA COM A FAMÍLIA

Enquanto outros maridos e pais dedicam mais tempo às suas famílias, a família do pastor sofre por falta de atenção e de amor (graças a Deus que nem todos procedem dessa maneira!)

O pastor que também é marido e pai às vezes se envolve tanto nas exigências do ministério que ignora os apelos de atenção que seus filhos lhe fazem.

O pastor muitas vezes tem tempo para a igreja, mas não para a família!



Vii. Como a igreja deve encarar a família do pastor

1. O que a esposa do pastor espera da igreja

A esposa do pastor vem para a igreja trazendo muitas esperanças no coração.

Muitas esposas de pastores sentem se satisfeitas com a congregação; outras jamais se sentirão satisfeitas.

a) A esperança da consideração - Todo ser humano gosta de consideração. Porém, deve ser estabelecida uma linha divisória entre as considerações verdadeira e os privilégios.

Entre as expectativas legitimas, podemos listar:

· A esposa do pastor deve ser digna de consideração.

· Os membros da igreja não devem tomar-lhe o tempo do marido com coisas triviais, que não levam a nada. Há membros da igreja que vivem incomodando o pastor, pedindo-lhe que faça coisas que eles mesmos poderiam fazer. Há muito abuso nesse particular, conseqüências de distorções no entendimento do ministério pastoral. Há irmãos que transformam o pastor em motorista de taxi, agende imobiliário, motorista de ambulância e vários outros ofícios. A igreja deve respeitar o templo que o pastor dedica à sua esposa e à sua família.

· Há igrejas que não pagam salário ao pastor nem lhe dão nenhum tipo de auxilio. A Palavra de Deus, porém, é bastante clara nesse aspecto ( 1 Timóteo 5.18). Nesse caso, a esposa do pastor necessita de bem mais consideração.

Infelizmente, algumas esposas de pastores alimentam expectativas ilegítimas, como as que reivindicam privilégios para si por conta de seu status quo.

b) A esperança de felicidade - Certa irmã costumava dizer: “Nunca me passou pela mente que ao me tornar esposa de pastor eu fosse ser enterrada viva”.

É dever de a igreja empenhar-se para que o pastor e sua esposa se sintam felizes. Não existe coisa pior que alguém realizar um trabalho desgostoso, incomodado e de má vontade.

O pastor necessita de férias, e a igreja deve permitir que ele as goze.

Também não se deve esperar o Dia do Pastor para sentar o casal no púlpito, dedicar-lhes alguns hinos, um programa improvisado e dar-lhe alguns presentes.

Um pastor, certa vez, fez a seguinte declaração, em tom de desabafo:”Como esses irmãos são hipócritas! Dão-me alguns presentes naquele dia e no restante do ano só dão desgosto, a mim e a minha esposa”!

c) A esperança do amor - É grande o número de igrejas que amam seu pastor, mas relutam em aceitar a esposa dele.

Os mais indelicados dizem: “Pastor, amo o irmãos no Senhor, mas não engulo sua esposa nem com água”. Tais pessoas não fazem idéia de quanto estão ferindo os sentimentos de um homem de Deus. O amor para com a esposa do pastor deve ser genuíno, não fingido nem aparente.



De igual forma, espera-se que a esposa do pastor seja amorosa como uma verdadeira serva de Deus.



Ela deve ser uma mulher:

· Agradável;

· Que inspire confiança;

· Com quem as pessoas tenham prazer em conversar.

Ela nunca deve ser:

· Problemática;

· Antipática;

· De caráter agressivo;

· Malcriada;

· Respondona;

· A causadora dos problemas.



d) A esperança de compreensão - Qualquer pessoa pode faltar a um culto. Quando essa pessoa falta, seu nome é mencionado e a igreja ora por ela. Mas se a esposa do pastor falta a uma reunião ou a um culto de adoração, não falta quem murmure por sua ausência.

Se o marido anuncia que ela está enferma, os crentes devem visitá-la ou ligar para ela. Isso ajuda a demonstrar que ela faz muita falta à igreja.



e) A esperança de sinceridade – Rara é a igreja, por mais “espiritual” que seja, que não murmure às escondidas do pastor, de sua esposa e de sua família.

O tema de muitas fofocas é “ela”.

A maioria dos que falam dela não a conhece.

A esposa do pastor espera encontrar crentes sinceros na igreja.



f) A esperança de amizade - A esposa do pastor deseja ter amizades sinceras na igreja. Contudo, há muitos crentes que buscam sua amizade para interrogar, especular e intrometer-se em assuntos do pastor.

A posição da esposa do pastor é muito delicada: não lhe é permitido ter a língua “afiada” nem revelar os segredos do marido. Daí a necessidade de escolher suas amigas com cuidado e com muita sabedoria.



Ela precisa ter cuidado com:

· O que diz;

· Quando diz;

· Como diz;

· Diante de quem diz.

2.Os filhos do pastor carecem do amor da congregação

a) Os membros da igreja devem ser menos exigentes com os filhos do pastor. Isso não significa que tenham de ser excessivamente tolerantes, mas que os tratem da mesma forma em que gostariam fossem tratados os próprios filhos.

b) A igreja deve tratá-los com consideração e apreço.

c) As pressões que o pastor recebe em seu ministério podem recair sobre os filhos.

d) Em vez de tentar transformar os filhos do pastor em crianças-modelo, a igreja deve proporcionar-lhes alegrias e incentivos.

CONCLUSÃO

Caro companheiro de ministério, sua família é um bem inalienável!

Lembre-se desta advertência : família não se terceiriza, se investe.

“Se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1ª Timóteo 5.8).

NÃO ESQUEÇA O PRINCIPAL

Conta a lenda que certa vez uma mulher pobre, coml uma criança no colo, ao passar diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa, que lá de dentro dizia:

- Entre e apanhe tudo que você desejar, mas não esqueça o principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: depois que você sair, a porta se fechará para sempre! Portanto, aproveite a oportunidade, mas nãoesqueça o principal.

A mulher entrou na caverna e lá encontrou muitas riquezas. Facinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começlou a juntar ansiosamente tudo qaue podia em seu aventar. A foz misteriosa, então, falou novamente:

Você só tem oito minutos.

Esgotado o tempo, a mulher, carregada de ouro e de pedras preciosas, correu para fora da caverna, e a porta se fechou. Lembrou-se ela, então, de que a criança ficara lá dentro e que a porta estava fechada para sempre!

A riqueza durou pouco, mas o desespero foi para a vida inteira. O mesmo pode acontecer conosco. Temos muitos anos para viver nesse mundo, e uma voz sempre adverte: Não esqueça o principal!”. E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida! Mas ganância, a riqueza e os prazeres nos fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado. Assim, esgotamos nosso tempo aqui e deixamos de lado o essencial: os tesouros da alma. Que jamais nos esqueçamos de que a vida neste mundo passa rápido e que a morte pode chegar inesperadamente. E, quando a porta dessa vida se fechar para nós, de nada valerão as lamentações.

Portanto...que jamais esqueçamos o principal!

Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby

Autor: Wagner T.S.Gaby

Retirado do blog
http://www.pastorbiromenau.pro.br/artigos.asp?id=17

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